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Histórico do Forte Mont Serrat

O  Forte de Mont Serrat  empresta o seu nome ao Aquartelamento que hoje monta guarda às suas velhas silenciosas muralhas pintadas de branco.

          Tomé de Souza, primeiro governador geral do Brasil, quando procurou escolher local adequado para fundar a “Fortaleza e povoação grande”, como lhe ordenara D. João III, impressionou-se sobremodo com as terras da península, conhecida segundo Frei Vicente do Salvador, por Traripe, hoje Itapagipe, com a sua enseada de águas mansas, recatada pelos morros que encobriam a área plana limitada na parte ocidental pela ponta de Mont Serrat, tal se fora uma avançada de estratégica significação, fechando a Baía. E por faltar a esse encantador recanto abundantes aguadas e, possivelmente, os recursos naturais de morros e eminências que facilitassem a defesa e dificultasse o ataque do inimigo, foi desprezada a idéia de ali se fundar a cidade por interesse da coroa.

          Ficou, entretanto considerado como elemento de alto valor militar indispensável ao sistema de defesa da capital, o outeiro de Mont Serrat, frente a entrada da Barra. O 1º Fortim foi levantado no decorrer de 1583, no governo de Manoel Teles Barreto.

          Com a forma de hexágono irregular com torreões (guaritas) em todos os seus ângulos de acordo com a planta do engenheiro Florentino Felisgaia. O forte foi reformado com poder ofensivos e instalações mais amplas pelo governador D. Francisco de Souza, quando a revisão geral da defesa da cidade, ficando capaz de repelir com as baterias possíveis tentativas de desembarques na praia de Itapajipe.

          No início do século XVII esse fortim era de Capital importância para Forte de Santo Antônio na Barra . O seu potencial ofensivo era de nove peças de ferro.

          Em 1624, ele comprovava as suas qualidades militares hostilizando os holandeses de tal maneira que pôr todo dia 09 de maio , foi impossível aos batavos efetuar desembarque de tropas nos subúrbios dessa cidade. Culminando com a morte do General Flamengo João Van Dorth no dia 17 de julho, segundo placa alusiva existente na entrada do Forte . Tal hostilidade procuraram os holandeses remover em 1638, quando da Segunda invasão capturando o Fortim em sangrentos combates e só o abandonando por ocasião de sua expulsão.

          Em 1837, a pequenina praça de guerra resistiu ao assalto dos homens de Sabino Vieira, a Sabinada, só sendo dominada em consequência do ataque conjunto das forças de terra e mar. Foi retomado pelos imperiais em março de 1838, após pesado ataque para fazer silenciar os canhões revoltosos assentados dentro das espessas muralhas de “8 ½ palmas de grossura” com grandes perda de material humano.

          Serviu como prisão política durante muitos anos para os rebeldes que participaram da Sabinada.

          Em 1883 passou por uma reforma, mas a partir dessa data começou a perder sua importância militar enquanto crescia seu conceito como a melhor obra militar do Brasil - Colônia.

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